Ligação a Lisboa
dec25
O eventual lançamento de voos entre Lisboa e Macau, foi abordado pelo Secretário de Estado das Infra-estruturas do Governo português em entrevista ao Jornal TRIBUNA DE MACAU. Hugo Espírito Santo diz ser “difícil” que isso se concretize no panorama actual de gestão da TAP. No entanto, a privatização “poderá ajudar a TAP a crescer e avaliar a possibilidade desta rota, caso isso se revele economicamente rentável”. Por outro lado, o Secretário de Estado do Turismo lembrou que a “Beijing Capital Airlines” opera voos entre Lisboa e Hangzhou
https://jtm.com.mo/local/ligacao-aerea-entre-lisboa-macau-sera-dificil-na-actual-gestao-da-tap/
dec25
A eventual abertura de uma nova rota directa aérea Macau-Lisboa depende das considerações comerciais por parte das companhias aéreas, afirmou a Autoridade de Aviação Civil de Macau, em resposta à proposta de um deputado sobre a respectiva ligação aérea. O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam, reconhece que o lançamento da referida rota ajuda a demonstrar o papel de Macau como plataforma sino-lusófona.
O deputado Ip Sio Kai defendeu a criação de uma ligação aérea directa entre Macau e Lisboa, mas o Governo respondeu com cautela, sublinhando a necessidade de viabilidade comercial da rota para as companhias aéreas.
“Fala-se tanto na plataforma sino-lusófona, mas ainda não existe uma única rota aérea directa para Lisboa”, afirmou o deputado Ip Sio Kai durante um debate sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026 na área dos Transportes e Obras Públicas. “Esta rota é extremamente importante, porque voar para Lisboa é, na prática, voar para a Europa, além de poder servir como ponto de escala para o Brasil. Se tivéssemos esta ligação, seria muito útil para nós enquanto plataforma sino-lusófona”, sustentou Ip.
Em resposta a Ip Sio Kai na Assembleia Legislativa, o presidente da Autoridade de Aviação Civil, Pun Wa Kin, afirmou que o Governo “atribui grande importância” ao desenvolvimento da aviação, “em particular ao seu papel na promoção da diversificação económica”.
“No entanto, nas operações comerciais, as companhias aéreas consideram frequentemente a procura do mercado, os custos operacionais, os benefícios a longo prazo e a competitividade da rota, antes de decidirem lançar novos voos”, declarou Pun Wa Kin, a quem o titular do Governo para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam, tinha entregado a prerrogativa de responder ao deputado.
Quando Ip sugeriu que o Governo poderia subsidiar a rota, Pun Wa Kin respondeu que esse apoio “envolve políticas sectoriais diferentes” e que “o Governo da RAEM precisa de analisar a questão de forma abrangente, sob todos os aspectos”.
Na sessão plenária de ontem, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, ao finalizar a parte de perguntas e respostas com o deputado Ip Sio Kai, admitiu, entretanto, benefício da criação da rota aérea directa entre Macau e Lisboa, o que ajudaria a destacar o papel de Macau como plataforma entre a China e Portugal.
“Vou levar as opiniões pertinentes à reunião de assuntos governamentais para discutir com os departamentos relevantes sobre a eventual implementação deste projecto”, disse.
Ip Sio Kai é, para além de deputado à Assembleia Legislativa de Macau, também vice-diretor da sucursal em Macau do Banco da China. Ip não é o primeiro deputado a propor ao Governo a criação de novas rotas aéreas que conectem a região à Europa. Em 2023, quando foi aprovada na generalidade a lei da Aviação Civil, também o deputado José Pereira Coutinho quis saber quais os planos das autoridades neste sentido.
A TAP efectuou ligações duas vezes por semana entre Lisboa e Macau na década de 1990, no entanto, a ligação seria suspensa em 31 de Outubro de 1998, com a companhia a acumular prejuízos na ordem dos 200 milhões de patacas.
*Com Lusa
https://pontofinal-macau.com/2025/12/01/governo-cauteloso-quanto-a-criacao-de-voo-directo-entre-macau-e-lisboa/
ag25voos Macau-Portugal
jul25
O deputado Ip Sio Kai defende a necessidade de o Governo subsidiar a exploração inicial de um voo directo entre Macau e Lisboa. A posição foi tomada ontem na Assembleia Legislativa, com o deputado a alertar para que a falta de ligações directas para a Europa compromete o papel da RAEM como plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Na intervenção antes da ordem do dia, Ip apontou os dados oficiais de Outubro do ano passado, indicando que o “Aeroporto Internacional de Macau contava com 40 rotas directas regulares para o Interior da China e outras regiões da Ásia”. Contudo, apontou a ausência de “voos directos de médio e longo curso para a Europa e os países de língua portuguesa”.
O legislador considerou que esta falha “compromete, em certa medida, o papel de ligação de Macau na rede internacional”, e “a contribuição e a influência de Macau, enquanto plataforma entre estes países”.
Ao mesmo tempo, Ip afirmou que a ligação directa entre Macau e Portugal pode funcionar como centro de ligação com os outros países da plataforma: “Julgo que a abertura de voos directos entre Macau e Lisboa é a base de uma plataforma, que serve para ligar, através da companhia aérea portuguesa, o Brasil e os países de língua portuguesa em África, o que contribuirá para promover ainda mais o comércio, o turismo e o fluxo de pessoas entre Macau e os países europeus”, justificou.
Além disso, para Ip a falta de ligações torna as deslocações mais inconvenientes: “Devido à falta de voos directos para Lisboa, os residentes e os visitantes de Macau têm de viajar por Hong Kong, Dubai, Istambul, Xangai, etc., o que representa uma longa viagem de ida, tendo de mudar de aeroporto ou esperar por voos de ligação, o que torna o tráfego aéreo consideravelmente inconveniente e não favorece a promoção da normalização das actividades comerciais e empresariais sino-portuguesas, nem a atracção de mais turistas internacionais para Macau”, justificou.
Abrir os cordões
Apesar da sugestão, Ip Sio Kai reconheceu que “este tipo de rotas de longa distância tem custos operacionais elevados e desafios como o longo período de desenvolvimento da clientela”. Como principais custos apontou o preço do combustível, os salários do pessoal de voo e de manutenção, a manutenção do avião, a despesas de descolagem e aterragem no aeroporto ou as tarifas de utilização da rota.
Dado que os custos e a dificuldade inicial de rentabilidade tendem a afastar os interessados da exploração das ligações directas, o deputado considera que o Executivo pode assumir parte dos custos. “O Governo deve estudar a criação de um subsídio específico para apoiar os elevados custos da exploração inicial das rotas aéreas, por exemplo, as despesas com os direitos de tráfego, as tarifas do aeroporto, bem como os custos do pessoal e do combustível, atribuindo subsídios financeiros faseados”, sugeriu. Esses subsídios podem ser atribuídos através de um montante fixo de acordo com o número de voos ou, mais flexível, através da redução gradual e faseada de um montante inicialmente atribuído consoante o número de anos de exploração das rotas, a fim de ajudar as companhias aéreas a reduzir os riscos iniciais e promover a entrada em funcionamento dessas rotas”, acrescentou.
Ip pediu também que se negoceie com as autoridades de Portugal com vista a tentar reduzir parte dos custos de voar para a Europa, em aspectos como as tarifas cobradas no aeroporto.
https://hojemacau.com.mo/2025/07/15/aviacao-deputado-quer-subsidio-para-voos-entre-macau-e-lisboa/
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